quarta-feira, 29 de agosto de 2012

NEWS!!

Ora, concluída a minha licenciatura, vejo que trabalho na área... Não existe! Pelo menos de momento.
Após várias conversas, sobretudo de mim para mim, decidi atirar-me de cabeça para um novo projecto. Mais notícias virão em breve, provavelmente dentro de um mês ou assim, e logo vos direi tudo tudo tudo tudinho!
Entretanto, deixo-vos a dica de que é um projecto que dará jeito a todos os portugueses (e não só), porque, convenhamos, dizem que há por aí uma crise, e tal... Blá blá blá whiskas saquetas. Conclusão: projecto low-cost on the way.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Estranho

É quando sabes que estás bem. Só assim. Que não precisas de mais nada. Que tens tudo o que precisas.
Estranho é quando te dás conta que estás exactamente onde é suposto. Que sabes o que te rodeia. E que amas tudo isso.
Estranho é quando és feliz e não te dás conta, porque estás demasiado ocupado a aproveitar todos os momentos.
Estranho é quando não sabes o que te espera, nem o quanto penoso vai ser o futuro. Mas ainda assim acreditas que tudo vai ser bom, porque mereces.
Estranho é quando amas, e não sabes. E quando descobres, tudo ficou mais vivo, tudo está mais feliz, as cores são diferentes. As borboletas já fazem sentido.

Fazem sentido por mim.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

True.

«Olá, A., como estás?» disse-me ele.
«Estou bem, M., e tu? Tens andado desaparecido!» respondi com um sorriso.
«Sim, a faculdade ocupa-me demasiado tempo. Então, parabéns! Já sei que fazes anos hoje»
«É verdade. Obrigada!» fiquei atordoada com o facto de ele ainda se lembrar que aquele era o meu dia de anos.
«Então A., conta-me lá o que aprendeste neste ano que passou.» e ninguém resiste àquele seu ar de curioso...
«Olha M., aprendi que não se deve meter as mãos no fogo por ninguém. O ser humano está destinado a desiludir o próximo, e quanto mais nos apegamos, mais acabamos por sofrer».
Ele mantinha um ar de curiosidade e um olhar profundamente misterioso.
Eu continuei.
«Aprendi que alguns amigos são para sempre, e que às vezes as grandes amizades acabam depressa. Aprendi que os homens comem e cagam, mas nem todos são assim. Aprendi a amar como amava quando era criança - aquele sentimento puro e ridículo, que nos faz sorrir por nada e fazer as figuras mais parvas.»
Olhei de relance para ele, e ele sorriu para mim. Aquele sorriso aberto, franco, que me faz querer abraçá-lo.
«E que mais?» perguntou, desta vez com um ar mais descontraído.
«Aprendi que quem está longe também se lembra de nós, e que alguém, algures, nos ama e dava a vida por nós. Aprendi que um rapaz de 16 anos também sabe ser um bom amigo, e que o nosso melhor amigo pode bem ser um animal. Aprendi que dói muito ver alguém a sofrer, mais dói mais quando te sentes inútil perante isso.»
Ele acenou com a cabeça com um ar tão sério que me fez estremecer.
«Uau! Estás tão diferente, A.. Estás mais adulta e isso nota-se. Continuas aquela menininha inocente, mas o teu discurso mudou...»
«E isso é bom ou mau?» perguntei eu, meia surpreendida com o que tinha acabado de ouvir.
«É bom, claro! Continuas meia doida, e a ter bastantes aventuras, pelo que percebi. Mas estás mais madura. E isso é muito bom, porque continuas igual na tua essência, só que com mais cabecinha...» pôs-me o dedo na testa e empurrou a minha cabeça ligeiramente para trás, sorrindo.
Eu sorri-lhe de volta e agradeci o elogio.
«Bem, estás mesmo diferente! Agora até sabes receber um elogio! Deves ouvi-los a toda a hora, tornaste-te uma mulher lindíssima!» fez aquela cara de sedutor, completamente irresistível, e olhou fundo nos meus olhos. Senti que me lia a alma, e só queria que parasse...
Ri-me com o comentário, chamei-lhe parvo, empurrei-o levemente e comecei a corar. Ele deu uma gargalhada ao ver as minhas bochechas ficarem vermelhas.
«Estou a falar a sério, A.! Quem diria, o patinho feio tornou-se num belo cisne! Lembras-te quando namorámos na primária? Quem diria...» falou com saudade. Saudade daquele tempo que passa e não volta.
«Quem diria o quê, M.? Estás a divagar, miúdo!» senti-me confusa com a sua última frase, parecia que a mente dele estava presa num lugar longínquo, onde ele queria que eu não fosse.
«Quem diria que cada um de nós ia seguir o seu caminho, somente para nos encontrarmos aqui, passados tantos anos. Tenho saudades tuas, A.. Quero saber mais de ti, quem és e o que te tornaste. Tens tempo para um café?» e quem pode dizer que não?
«Sim, claro. Eu ia agora para o Não Sei, vou ter com uma amiga minha que trabalha lá. Queres vir?»
«Vou para onde me levares.» aquele olhar... Derrete-me. Sempre o fez. Até quando éramos crianças, sempre que ele fazia aquele olhar, aquela expressão... «Será que ele ainda se lembra?» pensei para mim mesma.
Ri-me, achei toda a situação caricata. E soltei uma valente gargalhada.
Ele riu-se também.
«Estás-te a rir do que disse ou da minha expressão?» perguntou. Estávamos os dois divertidos com aquela situação.
«Foi mesmo da tua cara, M.. Se bem que o que disseste teve o seu charme...»
«O seu charme, ahn?» faz sempre aquela cara de convencido...
«Tu sabes, aquele je ne sais quoi...» pedi por tudo para que a conversa parasse ali. Estava a tornar-se... Esquisito?
«Sei, sei... Olha tenho o carro ali ao fundo, sempre vamos ao Não Sei?» achei estranho como mudou de conversa, mas... Deixa lá ver no que é que isto vai dar...
Chegámos ao carro. Ele abriu-me a porta. Foi a primeira vez que alguém me abriu a porta. Disse-lho, e ele riu-se.
«Estás a mentir para quê?» perguntou-me com um ar divertido.
Olhei para ele com o ar mais surpreendido do mundo.
«Não olhes para mim assim! Eu abria sempre a porta para tu passares quando éramos miúdos!» aquele seu ar de gozo continuava.
«Eu não me lembro de nada disso! Como é que tu te lembras?!» disse eu, quase que a gritar. Aquilo tudo estava a ser surreal!
 «Lembro-me porque também me disseste isso quando éramos pequenos... Foi logo quando começámos a namorar e demos o nosso primeiro beijo... Quando fomos para a sala da tua mãe, eu abri-te a porta e tu disseste-me exactamente a mesma coisa.» sorriu quando acabou de falar. Desta vez foi um sorriso franco. Um sorriso amigo. Ainda me lembro como se tivesse acontecido agora mesmo. Aquele sorriso aqueceu-me o coração, e sempre que estou em baixo, penso naquele sorriso e sei que posso confiar tudo nele.
«Uau! Não sabia disso...» disse-lhe, meia envergonhada por não me lembrar de nada disso.



Ele parou o carro à porta da minha casa. Saiu do carro e abriu-me a porta para eu sair. Ao fechar a porta encostou-se ao carro, meteu as mãos nos bolsos e olhou para o chão.
«Está tudo bem, M.?» perguntei-lhe, tentando olhá-lo nos olhos.
«Sim, está tudo bem.» disse com uma voz séria, levantando a cabeça do chão. «A., diverti-me imenso hoje.»
«Eu também, devíamos fazer isto mais vezes!» falei com uma voz divertida, para ver se o animava e lhe tirava a mente do que quer que fosse que o atormentava.
«Amanhã queres estar comigo?» ao falar, os braços dele agarraram-me na cintura.
«Claro. Vamos onde?» a "menininha inocente" veio ao de cima. Aparece nas piores ocasiões...
«É surpresa. Amanhã venho buscar-te às 9h. Não tomes pequeno-almoço.» ao dizer isto, o menininho dentro dele saltou cá para fora. Puxou-me para junto dele, e afastou-me o cabelo da testa e dos olhos. Estava colada a ele, e senti o bater do coração junto ao meu. Olhei para cima, para ele. Ele é tão mais alto que eu... Ficámos assim durante o que pareceu uma eternidade. Calados. Só a olhar um para o outro. Por fim, afastámo-nos. Agarrou-me na mão, beijou-a e desejou-me boa noite.


Às 9h em ponto, recebi uma mensagem. «Desce. Não tragas mala, nem dinheiro, nem telemóvel. Traz só uns óculos de sol e as chaves de casa.» Achei estranho, mas deixei tudo em casa. E desci.
Ele estava na rua, de óculos de sol e com uma mochila.
«Porque é que não posso trazer mala, dinheiro e telemóvel?» perguntei, curiosa.
«Bom dia, antes de mais!» disse ele, divertido. Estendeu-me a mão e pediu-me as chaves.
«Bom dia!» e dei-lhe as chaves.
Guardou-as na mochila.
«Hoje vais ter um dia como não tens desde criança. Não vamos ter telemóvel, nem dinheiro, nem chaves. Hoje só temos esta mochila!» desligou o telemóvel e meteu-o no carro.
«E pode-se saber o que está dentro dessa mochila?» perguntei-lhe, meio divertida com a ideia de passar um dia naquela situação.
«Já vais ver.» Agarrou-me na mão e levou-me. Andámos durante algum tempo, sem dizer nada. Só os dois, de mão dada. Quando chegámos ao parque, ele pôs a mochila no chão, abriu-a e de lá, tirou uma toalha. Estendeu-a no chão, sentou-se e convidou-me a sentar também. Depois começou a tirar milhões de coisas da mochila.
«Isto vai ser o nosso pequeno-almoço?» perguntei-lhe com uma gargalhada à mistura.
«Sim. Tenho aqui mil e uma coisas que adorávamos quando éramos pequenos...» e sorriu para mim.


Quando acabámos de comer, falámos de imensas coisas. Comparámos as nossas vivências de crianças com as actuais, e as expectativas que tínhamos e que nunca se realizaram.
«Como é que te vês daqui a uns... Digamos, 10 anos?» perguntei-lhe.
«Não sei... Casado, provavelmente. Com um filho e outro a caminho. A viver numa casa em Azeitão e a trabalhar num bom hospital.» respondeu com um sorriso e um ar sonhador.
«Parece-me um bom futuro...» respondi, pensativa.
«E tu, A.? Onde te vês daqui a 10 anos?» perguntou, deitando-se na toalha e voltando-se para mim. Deitei-me também, de barriga para cima e a observar o sol por entre as folhas das árvores.
«Nem sei. Há tanta coisa que quero fazer... Quero ir aos concertos todos, conhecer toda a gente. Quero fazer entrevistas e reportagens e tirar milhões de fotos. Mas daqui a 10 anos espero ter a minha casa. Ser independente. Fazer viagens. E um marido e um bebé podem vir a ser uma boa opção.» respondi, sem ideia nenhuma de como será a minha vida daqui a 10 anos...
«Afinal não mudaste assim tanto...» disse, pensativo. Virei-me para ele.
«Se vais sonhar, sonha alto. Mesmo que o teu sonho nunca se venha a realizar. Porque um dia vais olhar para trás e perceber que, embora não tenhas realizado o teu sonho, fizeste muito mais, coisas que merecem muito mais crédito por isso...» disse eu, confiante.
«É um bom lema de vida.» respondeu, e virou-se de barriga para cima.
«Como nos vês daqui a 10 anos?» perguntou. Não estava a espera daquela pergunta, e fiquei embasbacada. Virei-me também de barriga para cima, e comecei a pensar. Mas não falei. Não consegui arranjar coragem. Mas ele falou por mim.
«A., sabes que, independentemente de não estarmos juntos assim tantas vezes, sempre foste muito especial para mim. Não me és indiferente. Ver-te ontem, e ter estado contigo no mês passado, encontrar-te assim, foi... Indescritível! E, cartas na mesa, gosto de estar contigo. Sempre gostei, e ao fim de mais de... Sei lá quantos anos, isso não mudou! Sei que isto é repentino, mas gostava de ter algo sério contigo. Não já, não agora. Mas dentro de algum tempo quero pedir-te para seres minha, e quero que aceites. Se te vou assustar e vais fugir, prefiro que seja agora. Assim não me iludo com ideias platónicas. Não precisas de dizer nada, mas se não quiseres tentar, se quiseres ir embora, eu não me importo. Vou continuar aqui deitado, vou fechar os olhos, e daqui a 5 minutos vou abri-los. Se não estiveres cá, não te censuro. Estou a ser demasiado directo. Se quiseres podemos ser amigos. Mas se estiveres, vou beijar-te. E vou apaixonar-me por ti. E não te vou deixar fugir.» dito isto, levantou-se e mexeu na mochila. Pôs as chaves da minha casa na minha mão. Deitou-se, tirou os óculos da cara, e fechou os olhos.
E eu levantei-me. Fiz barulho com as chaves. E vi uma lágrima no olho dele. Então, peguei na garrafa de 1,5l de água que ele trouxe e que estava caída entre a relva e a toalha. Estava quase cheia. Tirei-lhe a tampa e despejei-a em cima dele.
«Não disseste que ia ser como quando éramos crianças? Agora tens de me apanhar!» fechei a garrafa e desatei a correr.
Ele levantou-se e correu atrás de mim. Andámos a correr feitos loucos à volta do sítio onde tínhamos as coisas. Deixei que ele me apanha-se e me encosta-se a uma árvore ao lado da toalha.
«Não te foste embora...» disse, ofegante.
«Não, M.... Não fui...» disse eu, com o coração a bater forte, não sei se da correria ou da situação que se aproximava.
Ele colou-se a mim, o coração dele também a saltar do peito. Afastou-me os cabelos, como fizera na noite anterior.
«Sabes que... Agora vou-te beijar...» passou a mão pelos meus cabelos e acariciou-me as bochechas...
«Sei... Mas sabes que não podes beijar-me, não sabes?» perguntei, com ar sério.
«Ai não?» disse ele, intrigado. Agarrei-lhe no pescoço e nos cabelos com uma mão, enquanto pus a outra na cintura.
«Não se eu te beijar primeiro!» e foi assim que aconteceu.

E o resto, como se diz, é história...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Há dias assim...

Em que tudo o se faz sai torto.
Em que qualquer tentativa falha.
Em que toda a palavra é mal entendida.
Em que não me apetece apenas por não me apetecer.
Em que te quero o dia todo, por capricho.

Há dias assim. E às vezes sabem tão bem...

Oh baby

You're so hot!

Let's do it or will you just keep staring?

quarta-feira, 9 de março de 2011

Semáforos

De tanta porcaria que falam, de tanto movimento estúpido que criam por aí, nunca ninguém se lembrou de resmungar dos semáforos para peões.
Os senhores que lá aparecem tem cabeças, ombros, braços, cotovelos, tronco, pernas, joelhos, pés... Mas nunca ninguém reparou que... ELES NÃO TEM MÃOS!!

Ainda há-de haver um maluco a criar um grupo no facebook para que se instituam mãozinhas nos bonecos. E eu hei-de ser a primeira maluca a juntar-me ahah!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

New Look!

Nuncaland existe desde 2004. Com outro endereço e outro nome, mas igual.
Hoje deu-me na veneta e decidi apagar toda a porcaria que não fazia falta. Posts antiquíssimos, memórias perdidas e já escondidas no fundo do meu baú, coisas que já não importam.
Hoje é dia de mudança.

Hoje começa um novo dia!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Universidade

É um mundo totalmente novo. Não gosto nem desgosto. É só novo. Diferente.
Toda a gente se lembra daqueles filmes de adolescentes, "American Pie" and stuff. Eu pensava que a faculdade ia ser isso. WRONG!! Nada a ver. São trabalhos atrás de trabalhos, frequências e festa todas as 5as feiras.

Yupi -.-

As aulas são uma seca, ou eu sou muito culta ou este curso é para estúpidos. Ainda não aprendi nada de novo este semestre. Estou a desmoralizar completamente. Se um 'canudo' é passar por isto durante 3 anos, então não quero ter uma Licenciatura. E se o Mestrado for a mesma coisa, também não.

Não estava tão bem a trabalhar? Ganhava o meu dinheirinho, tinha a minha independência, não precisava de autorização nem de pedir dinheiro aos papás para sair, para ir às compras, para ir acampar, para ir a concertos, para ir a todo o lado e para fazer tudo! Agora é sempre:
- Mãe, dá-me dinheiro...
- Para quê?
- Vou ao café com a Rita.
- Toma (2€).
- Mas mãe, tá calor...
- E depois? (tom de voz o mais arrogante possível)
- E depois que nós vamos comer um gelado e depois vamos dar uma volta.
- Então mas não era só café?! (tom ainda mais arrogante, se é que isso é possível!)

E depois eu lá lhe dou a volta e ela dá-me mais dinheiro. E quando é para sair com o namorado é ainda pior :S

Sem comentários. Right? Right.